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Diogo Limão

Recursos Humanos

Espaço RH: Coachability e Resultados

Espaço RH - Coachability e Resultados.png

 

Com esta publicação inicio o ano de 2017 no meu blogue! Tem sido um inicio de ano civil muito atarefado: final de semestre na minha licenciatura, que vai já no fim. Cada vez mais acredito que devemos fazer muitas coisas ao mesmo tempo mas só uma de cada vez. De facto devemos preencher os nossos dias com várias atividades que nos façam crescer ou que contribuem para os nossos objetivos, de alguma forma, e assim trabalhar o maior número possível de metas da nossa vida. Ainda assim, devemos fazê-las uma de cada vez, significando por isso, dar a nossa máxima atenção a cada uma enquando a estivermos a realizar. Hei de escrever sobre este tema mais lá para a frente. 

 

O tema de hoje é algo que considero importante na mudança comportamental que o coaching proporciona ao cliente e é, por isso, requisito fundamental para que ela aconteça. O desejo de mudar é um dos vetores mais determinantes para o sucesso de um processo de coaching. Não será difícil de imaginar porquê: implica uma tomada de consciência inicial de como uma situação deveria ser e não é (de um estado negativo para positivo ou mesmo de um positivo para um ainda mais positivo) e um sentimento de insatisfação (que deverá incomodar, caso contrário poderá não incitar à mudança).

 

No momento em que é estabelecido o contrato de coaching entre as partes envolvidas deve ficar claro que o sucesso do processo e o atingimento dos objetivos propostos estão dependentes da forma como o cliente encara o mesmo. Bem como, da parte intrínseca do cliente, deverá existir motivação para assumir a posição de coachee. Por outras palavras, caso este aspeto fundamental não fique claro, o que poderá acontecer, no pior cenário, é o cliente entrar num processo "só para ver" -- e continuar assim ao longo dos meses de trabalho -- e não retirar proveito daquela experiência, tendo andado a "perder o seu tempo". Alexandra Barosa-Pereira, investigadora, referiu uma vez que nem todos podem entrar num processo desta natureza se faltar a motivação para tal. Acredito que essa motivação pode ter associada uma atitude muito particular.

 

Essa atitude será uma atitude para a mudança, com base naquilo que já presenciei em ambiente de sessão. A esta atitude podemos chamar também de coachability. Tenho visto que os clientes que na posse das mesmas informações (duração das sessões, dinâmicas idênticas e recurso a um conjunto de competências do coach idênticas,...) aqueles com maior sucesso são os que, por exemplo:

  • São abertos à mudança;
  • Responsabilizam-se pelos resultados passados (pré-coaching) e futuros (pós-coaching);
  • Agem (completam as tarefas entre sessões, porque consciencializaram-se que só assim irão aprender);
  • São flexíveis com eles mesmos (por exemplo, não criam barreiras à procura de novos pontos de vista e aceitam que podem reunir algumas crenças limitadoras que não os estão a levar para o melhor resultado);
  • Vêem-se como seres em construção e não estagnados no tempo nem nas circunstâncias;
  • São humildes (acreditam que acompanhamento externo por um profissional pode ser benéfico; têm consciência que ainda têm muito a aprender com eles próprios e com os outros);
  • Vulnerabilizam-se (o processo de mudança vêm de dentro, e eles sabem-no).

 

Também no meio corporativo devemos ter esta competência e ser coachable. Sabemos que em mercados dinâmicos é solicitado grande flexibilidade e desenvolvimento contínuo. Assim, nessa transformação dinâmica, devemos ser capazes de estar abertos a mudar e a evoluir, aprender novas competências e desenvolver as já detidas, partir do pressuposto de que "não sabemos tudo" e podemos aprender com os pares e séniores e saber/ter coragem para reconhecer isso. Poderá não ser um fim mas, acredito realmente, um meio para melhores resultados individuais (e de equipa) de desempenho!

 

Ser coachable é uma das competências mais valorizadas nos melhores profissionais! Está a um passo de a ter.

 

Quanto ao ambiente de sessão de coaching, já sabe, se ponderar entrar num processo seja coachable. Verá que sairá muito mais beneficiado: o processo será ainda mais recompensador, divertido, cheio de momentos "aha" e sairá ainda maior do que entrou!

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